terça-feira, 5 de abril de 2011

Redes Sociais

Diz-se que, hoje em dia, quem não tem Facebook
é como se não existisse. Isto faz ainda mais sentido para as camadas mais jovens que dedicam muito do seu tempo às novas tecnologias e que vêem no Facebook uma forma de interagir com mais pessoas em simultâneo e de partilhar informação. Mas alguns jovens já começam a pre
ocupar-se com a informação pessoal disponibilizada e estão cientes dos perigos que a partilha de informação e de fotos pode ter.

De uma conversa com alunos da Escola Profissional Gustave Eiffel, do Entroncamento, que visitaram O MIRANTE na sexta-feira, 26 de Março:

João Santos, por exemplo, já teve uma página de Facebook com cerca de dois mil amigos. “Comecei a achar que estava a expor demasiado a minha vida e perdia lá muito tempo”, admite. “Para além disso comecei a chatear-me com alguns comentários de pessoas que eu nem conhecia”, acrescenta. Então o jovem cortou o mal pela raiz. “Apaguei aquela página e criei uma nova. Agora sou mais selectivo nas pessoas que aceito e uso o Facebook mais para falar com amigos, partilhar vídeos de música e divulgar um site de uma cantora no qual eu participo”, conta.

Quem também já percebeu que tem que ser criteriosa na aceitação dos pedidos de amizade nesta rede social é Cristina Correia. “Tenho cerca de 400 amigos e só aceito pessoas que conheço ou que tenham amigos em comum”, explica a estudante do curso profissional de Apoio à Infância. “Tenho cuidado com a informação que disponibilizo, não ponho lá nada de especial. Uso aquilo mais para procurar eventos que me interessem”, afirma. A sua colega Bruna Correia usa o Facebook mais para comunicar com a família no Brasil. “Pode ir ao meu Facebook que não vai descobrir nada sobre mim, só tenho lá a minha foto e do meu namorado”, garante. Tiago Beto já não se preocupa tanto e aceita pessoas ainda que não as conheça. “Se forem raparigas jeitosas é claro que aceito”, remata com uma gargalhada.

Estes jovens consideram-se viciados em novas tecnologias. Garantem que não se imaginam sem o telemóvel, computador ou leitor portátil de música. Ainda não se renderam à moda dos Ipads, talvez porque ainda têm preços pouco convidativos, mas admitem que já não recorrem à biblioteca para consultar livros para trabalhos. “Vai-se ao Google e está feito, não é preciso nada demais”, clarifica Tiago Beto.


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